sexta-feira, 22 de julho de 2011

Maravilhosa insignificância!

 

Não me julguem os que me vêem, assim, tão de relance, ao contato insípido e superficial...
Não há nada em mim que sirva a quem, de mim, espere algo que não seja minha própria humanidade.
Conheço bem minhas torpezas, aquilo que faz minha boca se retorcer...
O que faz meus olhos se fecharem, meu corpo estremecer...
O que me faz dissimular os medos e ódios temporários...
O que arranca de mim as lágrimas e os risos mais genuínos!
Não... não sou exemplo de nada.
Sou somente um lampejo de realizações.


Por vezes, no delírio onipotente de que "o Mundo sou eu". Mas a vida me reconduz, em mãos generosas, à minha maravilhosa insignificância!
Esperam de mim algo que não seja eu, reconheço. Ahhh, estrada insensata e precária, donde fujo!!!
Não me quero uma cópia infiel e rasgada de um Outro que deseja me moldar... Não!
Preciso criar os acertos em meus erros.
Viver num mundo onde ninguém é perfeito e nada está acabado.
Compartilhar meus sonhos, meus desejos, minhas dúvidas e incertezas com outros Outros, tão diferentes de mim...
E encontrar a singular solitude dos caminhos de Ser Uma e tão somente Eu.