quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Polaridades


 Onde o sentimento? 
Animal-humano domesticado, cheio de instintos, escravo de sensações.
Vicios, vícios, vícios...
Subtrair a si mesmo para encontrar um ínfimo prazer, na dor ensaiada tantas e tantas vezes.
Ver-te assim reduzido a menos que ti... Que me pedes?
Odeia e coloca-me como cúmplice deste amor adoecido.
Olhos sem expressão, alma suprimida, consciência ausente.
Uma efusiva agonia que transpira, incoerente... 
Euforia! ...Quando falas és um que não há!
Hipocrisia ética! Des-valores!
Entretanto... uma súplica insiste, 
que brota do vulcão em erupção que te habita e que te domina, sem que disto te apercebas.
Haverá o sublime nascendo em meio à lava que escorre das montanhas de ti?
Diamantes em meio ao rio escaldante de tuas entranhas?
Agora entendo...
É para este lugar materno-incondicional que me arrastas! 
Para que te compreenda a partir das tuas misérias... 
das tuas ambiguidades...
Para compartilhar o pior, e o melhor de ti!
...
Estou aqui!

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